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Diagnóstico de Broncomalácia

O diagnóstico de broncomalácia é desafiador, já que os sinais clínicos podem ser confundidos com outras doenças respiratórias, como colapso traqueal e bronquite crônica. Para um diagnóstico preciso, o veterinário geralmente recorre a exames de imagem e endoscopia.

  1. Radiografia Torácica e Cervical: A radiografia é utilizada para triagem inicial, porém sua acurácia é limitada e pode subestimar o grau de colapso brônquico. Em muitos casos, não permite uma avaliação precisa da mucosa e das vias aéreas.

  2. Broncoscopia: Exame que permite a visualização direta dos brônquios e é considerado o método mais confiável para diagnóstico da BM. A broncoscopia revela a redução do lúmen brônquico em mais de 25%, confirmando a presença de broncomalácia.

  3. Exame Histopatológico: Embora a biópsia não seja amplamente realizada devido aos riscos, o exame histopatológico pode ajudar a avaliar alterações nas cartilagens e na mucosa​.

Esses métodos diagnósticos ajudam a diferenciar a broncomalácia de outras condições respiratórias e a definir o grau de colapso das vias aéreas.

Manejo e Tratamento da Broncomalácia em Cães

O tratamento da broncomalácia é voltado para o manejo dos sintomas, uma vez que a condição não possui cura definitiva. Entre as opções de tratamento estão:

  1. Uso de Glicocorticoides: Medicamentos como a prednisona são utilizados em doses anti-inflamatórias para reduzir o processo inflamatório presente na BM. Esses fármacos ajudam a aliviar os sintomas de tosse e a melhorar a respiração.

  2. Broncodilatadores: Medicamentos como aminofilina são usados para dilatar os brônquios e facilitar a passagem do ar. Eles melhoram temporariamente a respiração e podem ser combinados com inalação para aumentar a eficácia.

  3. Antitussígenos e Mucolíticos: Para reduzir o desconforto da tosse crônica, antitussígenos e fluidificantes ajudam a tornar a respiração mais confortável.

  4. Antibióticos e Antissépticos: Em casos de infecções secundárias, o uso de antibióticos pode ser necessário para controlar as infecções bacterianas recorrentes, que são comuns em pets com BM​.

Embora o tratamento alivie os sintomas, o acompanhamento contínuo é essencial, pois a condição pode evoluir e exigir ajustes na terapia para manter a qualidade de vida do pet.

Cuidados para Tutores de Pets com Broncomalácia

Cuidar de um pet com broncomalácia exige atenção especial para evitar crises respiratórias. Aqui estão algumas dicas para tutores:

  • Evitar situações estressantes: O estresse pode agravar os sintomas respiratórios.
  • Manter o ambiente fresco e umidificado: Ambientes com ar condicionado e umidificadores ajudam a aliviar a respiração.
  • Controle de peso: A obesidade aumenta a pressão sobre as vias aéreas, piorando os sintomas. Manter o pet em um peso saudável é essencial para o manejo da BM.
  • Evitar colares: Prefira peitorais para não pressionar a região cervical, reduzindo a chance de obstrução parcial das vias aéreas​.

Esses cuidados auxiliam no controle dos sintomas e garantem um ambiente mais seguro e confortável para o pet.

Perguntas Frequentes

1. A broncomalácia em cães tem cura?

Atualmente, não há cura para a broncomalácia. O tratamento é focado no alívio dos sintomas e no manejo da qualidade de vida do animal.

2. Quais são as raças mais propensas a desenvolver broncomalácia?

Cães braquicefálicos, como bulldog inglês, bulldog francês e pug, têm maior predisposição para a BM, especialmente aqueles com síndrome braquicefálica ou colapso traqueal.

Conclusão

A broncomalácia é uma condição desafiadora e pouco diagnosticada em cães, exigindo um manejo cuidadoso para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do pet. Com o diagnóstico e o tratamento adequados, é possível proporcionar uma vida mais confortável ao animal. Se o seu cão apresenta tosse crônica e dificuldade para respirar, consulte um veterinário para avaliar a possibilidade de broncomalácia e entender as melhores opções de tratamento.